Logo no começo da temporada 2025-26 da Premier League, o Arsenal mostrou que não está para brincadeira. Jogando fora de casa, o time de Mikel Arteta foi cirúrgico: vitória por 1 a 0 sobre o Manchester United, em pleno Old Trafford, com estádio lotado esperando uma reação dos Red Devils após temporadas irregulares.
O Arsenal entrou em campo já com seu elenco reforçado, exibindo a confiança de quem quer parar de bater na trave. Afinal, foram três vices seguidos e o elenco ganhou novidades de peso, como Viktor Gyokeres e Martin Zubimendi, conhecidos por dar energia e qualidade extra ao elenco. Só que quem decidiu mesmo foi Riccardo Calafiori, aproveitando a bagunça dentro da área adversária logo aos 13 minutos do primeiro tempo.
Na jogada do gol, Declan Rice bateu o escanteio, a zaga do United ficou olhando, e Bayindir, goleiro recém-contratado, se atrapalhou todo. No rebote, Calafiori só empurrou, de cabeça, e correu pro abraço. O Arsenal estava à frente antes do relógio marcar 15 minutos, e dali para frente ficou claro qual seria o roteiro: defesa forte e jogo controlado.
Do lado vermelho de Manchester, a aposta foi no técnico Ruben Amorim, que acabou de chegar trazendo reforços caros e tentando reinventar um time que, desde a aposentadoria de Sir Alex Ferguson, parece não saber qual caminho seguir. A linha de frente do United estava diferente, com Bryan Mbeumo aberto pela direita, Patrick Dorgu correndo pela esquerda, Mason Mount e Matheus Cunha tentando criar algo pelo meio. A ideia era atacar, botar pressão, mas a execução ficou devendo.
Apesar de algumas chances, como o chute de Dorgu que acertou a trave no segundo tempo e boas jogadas de Mbeumo, o United bateu de frente com a muralha defensiva do Arsenal. Os Gunners, já sob o comando de Arteta há seis temporadas, sabem se fechar quando precisam: Gabriel e Saliba não deram espaço, e o time segurou o resultado jogando com maturidade de quem aprendeu a sofrer nos momentos decisivos.
Para o United, ficou aquele gosto amargo, mas também sinais de esperança. O time criou mais na segunda etapa, principalmente quando o jovem Amad entrou e trouxe mais velocidade. Ruben Amorim tem material humano para mexer, só falta encaixar as peças. O desafio é grande: o clube vem de uma das piores campanhas da sua história recente, terminando em 15º no ano passado.
Essa derrota em casa, claro, não era o que o torcedor esperava, mas já deu para ver que o time quer mudar a cara. O problema é a ansiedade por resultados rápidos em um clube acostumado a vitórias e troféus. Agora, Amorim precisa ajustar a defesa e torcer para seus atacantes terem mais precisão na próxima rodada.
O Arsenal, por sua vez, sai de Manchester com aquela sensação gostosa de missão cumprida. Venceu fora, confirmou a fama de bom nas bolas paradas e largou com três pontos decisivos. Se vai ser campeão? Ainda é cedo, mas o recado já foi dado para a concorrência: o Arsenal está mais vivo do que nunca na briga pelo topo.
Pós-comentário