Atlético-MG e Cruzeiro empatam 0 a 0 no primeiro clássico mineiro nos EUA

Atlético-MG e Cruzeiro empatam 0 a 0 no primeiro clássico mineiro nos EUA
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No dia 18 de janeiro de 2025, Clube Atlético Mineiro e Cruzeiro Esporte Clube fecharam as portas do Inter&Co Stadium, em Orlando (Flórida), com o placar suado de 0 a 0. Foi o primeiro clássico mineiro disputado fora do Brasil em mais de um século, e o duelo ainda atraiu 22.738 torcedores – recorde histórico para um amistoso entre clubes brasileiros na Flórida.

Contexto: a FC Series 2025 e a pré-temporada dos gigantes de Minas

A partida integrou a FC Series 2025Orlando, Flórida, torneio amistoso que reúne clubes brasileiros e o anfitrião Orlando City Soccer Club. O objetivo das equipes é testar contratações, ganhar ritmo e, claro, conquistar a atenção da comunidade brasileira nos EUA.

Para o Atlético, o clássico representou a estreia oficial da temporada 2025, enquanto o Cruzeiro já havia jogado no dia 15 de janeiro, empatando 1 a 1 contra o São Paulo Futebol Clube no mesmo estádio.

Os protagonistas em campo

O técnico Cuca, atual comandante do Atlético Mineiro, surpreendeu ao escalar duas recentes contratações: o meia Gabriel Menino (23) e o lateral Natanael (27). Ambos fizeram suas primeiras aparições com a camisa atleticana.

O volante Igor Gomes, de 24 anos, celebrou a marca dos 100 jogos pelo clube, enquanto o experiente goleiro Everson, 32, mostrou a boa fase que vinha da reta final da temporada passada.

O Cruzeiro, sob comando do técnico Nelinho da Silva, manteve a mesma formação que usou contra o São Paulo, apostando na experiência de jogadores como o zagueiro Fábio e o meia Gustavo. A estratégia era manter a consistência diante de um rival que, ainda no ano passado, eliminou a Raposa nas quartas da Copa do Brasil por 2 a 0.

Desenvolvimento da partida: táticas, substituições e a ausência de gols

A partida começou com alta intensidade. O Atlético pressionou nos primeiros 15 minutos, buscando abrir o placar antes do intervalo. A regra da FC Series – substituições ilimitadas em três janelas, além de trocas no intervalo – deu a ambas as equipes liberdade tática. Cuca optou por mudar o esquema de 4‑2‑3‑1 para um 3‑5‑2 às 30 minutos, trazendo Januário ao ataque.

Do outro lado, o Cruzeiro recuou para um 5‑4‑1, reforçando a defesa. Os laterais cruzavam a bola, mas a defesa do Atlético, liderada por Pedro Marangon, mantinha o bloco compacto. O melhor momento de chance chegou aos 58 minutos, quando Gabriel Menino invadiu a área e bateu no travessão.

Nos minutos finais, com o placar ainda em branco, Nelinho da Silva trouxe Tonho para dar frescor ao ataque, mas o goleiro Everson fez duas defesas cruciais. O apito final confirmou o empate, mas a partida deixou claro que a rivalidade continua viva, mesmo a 4.500 quilômetros de distância.

Reações de clubes, torcedores e mídia

Na coletiva de imprensa, Cuca afirmou que o resultado "não foi o desejado, mas o que importa é o trabalho que a equipe vem realizando na pré-temporada". Ele ainda elogiou a estreia de Menino e Natanael, destacando que os jovens mostraram "a cara da renovação".

Já o treinador do Cruzeiro foi mais cauteloso. "Saímos de Orlando com a sensação de que estamos no caminho certo. O empate não nos deixa nada a perder, mas a Raposa quer respostas mais ofensivas nos próximos jogos", disse Nelinho da Silva.

Os torcedores, presentes no Inter&Co Stadium e acompanhando a transmissão da Globo, SporTV e Premiere, vibraram com o marco histórico. Nas redes sociais, hashtags como #ClássicoNosEUA e #FCSeries2025 bateram recordes de engajamento para um amistoso.

Impacto no Campeonato Mineiro e na Série A

Um dia depois, o Atlético viajou a Ubá (MG) para enfrentar o Aymorés Futebol Clube na estreia do Campeonato Mineiro 2025. O técnico aproveitou a oportunidade para dar minutos a jovens da base, enquanto mantinha a espinha dorsal experiente. A estratégia mostra que o clube pensa em equilibrar a disputa nacional – atualmente 14º no Brasileirão com 32 pontos – com a corrida estadual.

Já o Cruzeiro, quarto colocado no Brasileirão com 43 pontos, busca consolidar a posição para garantir uma vaga na Copa Libertadores de 2026. O clássico nos EUA serviu como teste de pressão psicológica, algo que ainda será crucial nas próximas 15 rodadas do torneio nacional.

Perspectivas futuras: mais clássicos fora do Brasil?

O sucesso do encontro em Orlando abre caminho para novos desafios. Organizadores da FC Series já cogitam repetir o clássico em 2026, talvez em Miami ou Los Angeles, onde há grandes comunidades brasileiras. Se tudo correr bem, o clássico mineiro pode virar um espetáculo regular da pré-temporada, gerando receita e exposição internacional para os dois clubes.

Enquanto isso, a rivalidade segue acesa. O próximo confronto oficial acontece nas quartas de final da Copa do Brasil 2025 – data ainda a confirmar – e promete ser ainda mais intenso, já que ambas as equipes ainda carregam o peso da derrota de setembro de 2024.

Perguntas Frequentes

Como o clássico nos EUA afetou a preparação do Atlético-MG?

O duelo deu ao Atlético a oportunidade de testar recém‑contratados como Gabriel Menino e Natanael em um ambiente competitivo, além de proporcionar ritmo antes da abertura do Campeonato Mineiro. Apesar do empate, o trabalho tático de Cuca foi avaliado positivamente, e o time chegou a Ubá mais concentrado para enfrentar o Aymorés.

Quais foram os números de público e de transmissão do jogo?

O Inter&Co Stadium recebeu 22.738 torcedores, estabelecendo um novo recorde para amistosos entre clubes brasileiros na Flórida. A partida foi transmitida ao vivo pela Globo (exceto região de Juiz de Fora), SporTV, Premiere, além das plataformas digitais ge.globo e Globoplay.

O que o técnico Cuca pretende mudar após o resultado?

Cuca destacou que a equipe ainda não está 100% sincronizada, mas elogiou a estreia dos reforços. Ele pretende reforçar a defesa nos próximos treinamentos e buscar mais criatividade no meio‑campo, usando Menino como articulador.

Qual a importância desse clássico para o Cruzeiro na temporada?

Para o Cruzeiro, o empate serviu como teste de resistência psicológica após a eliminação na Copa do Brasil 2024. O time manteve sua posição entre os quatro primeiros do Brasileirão e garante uma vaga na Libertadores de 2026, consolidando a confiança da comissão técnica.

O clássico pode se tornar um evento anual nos EUA?

Organizadores da FC Series 2025 já manifestaram interesse em repetir o confronto em 2026, possivelmente em cidades como Miami ou Los Angeles, onde há grande presença da comunidade brasileira. O sucesso de público e mídia indica que há viabilidade econômica para tornar o clássico um ponto fixo da pré‑temporada.

Comentários (15)

Paulo Víctor
  • Paulo Víctor
  • outubro 15, 2025 AT 01:41

Vamos que vamos, galera! Que energia ver o clássico lá nos States, né? Mesmo sem gol, a gente sente a vibração de Minas do outro lado do mundo. Cuca já mostrou que tá testando a molecada e isso dá esperança pro início da temporada. Vamo que vamo, o Mineirão tá aqui na Flórida!

Ana Beatriz Fonseca
  • Ana Beatriz Fonseca
  • outubro 15, 2025 AT 23:29

É curioso observar como a nostalgia pode ser um véu para a mediocridade que se repete. Enquanto a mídia celebra o número de torcedores, o que realmente importa é a falta de ousadia tática que se mostrou em campo. Todo esse alvoroço não passa de um espetáculo de vaidade. A verdade é que nenhum dos lados ousou ao ponto de romper o padrão antigo.

Leandro Augusto
  • Leandro Augusto
  • outubro 16, 2025 AT 21:18

Caríssimos, devo dizer que o espetáculo foi uma mera encenação, uma farsa de rendimentos pretensiosos que não condiz com a grandiosidade que se espera de um clássico mineiro. A substituição de Cuca, ao transformar o 4‑2‑3‑1 em um 3‑5‑2, foi um artifício desesperado para mascarar a evidente falta de planejamento. O árbitro, embora impassível, deveria ter reconhecido a ausência de brilho nos lances. Não há como ocultar a estagnação que permeia ambos os elencos. O público, ainda que numeroso, assistiu a um jogo desprovido de verdadeiras oportunidades de gol. Em síntese, o empate é apenas um reflexo da mediocridade que se alastra em nossos clubes.

Elida Chagas
  • Elida Chagas
  • outubro 17, 2025 AT 19:06

Ora, ora, senhor Leandro, parece que a sua caneta está mais afiada que a defesa dos times! Não obstante, a sua leitura demasiadamente erudita ignora a simples realidade de que a falta de gols também pode ser fruto de respeito mútuo entre as equipes. Deixe-me lembrar que, apesar de toda a sua retórica, a torcida ainda vibrou como se fosse uma final de campeonato. Ah, a nobreza do clássico não se mede apenas por números, mas também pelo sentimento que desperta nos corações mineiros, mesmo que a 4.500 milhas de distância.

elias mello
  • elias mello
  • outubro 18, 2025 AT 16:54

Caraca, que experiência única aquele clássico lá na Flórida, né? 🌎 A gente sempre fala de Minas como um estado fechado, mas lá em Orlando a gente viu a cultura mineira se espalhar pelos quatro cantos do estádio. O público, cheio de bandeirinhas, cantava “Mineiro, mineiro” como se a gente estivesse no próprio Mineirão, e isso aqueceu até o coração do Everson. Testar o Gabriel Menino e o Natanael em um ambiente tão diferente foi uma jogada de mestre do Cuca, que mostrou confiança nos novos reforços. A energia dos torcedores brasileiros na Plateia, mesmo tão longe da terra, transformou o jogo num ritual de identidade. Cada troca de posição, cada substituição ilimitada, trouxe uma camada extra de estratégia que, embora não tenha rendido gols, nos fez refletir sobre táticas modernas. Eu vejo nesse empate não um fracasso, mas um laboratório vivo onde o medo de errar dá lugar à coragem de experimentar. A pressão psicológica que o Cruzeiro sentiu foi clara, mas o time soube manter a compostura, o que indica maturidade para a temporada. Enquanto isso, o Atlético mostrou uma postura ofensiva inicialmente, ainda que tenha fechado o bloco defensivo mais tarde. O fato de ter 22.738 torcedores presentes fala muito sobre a fome da comunidade brasileira por esse contato cultural. Também não podemos esquecer que, fora do campo, as redes sociais bombaram #ClássicoNosEUA, provando que a paixão transcende fronteiras. Eu acredito que essa experiência vai ecoar nos treinamentos futuros, fazendo com que os jogadores carreguem a memória desse dia nas próximas partidas. Se a gente olhar para o futuro, imagino que mais clássicos serão organizados, talvez em Miami ou Los Angeles, ampliando ainda mais nossa presença nos EUA. A união entre clubes, torcedores e mídia criou um cenário onde o futebol mineiro pode crescer internacionalmente. No fim das contas, o empate é só um ponto no placar, mas a história que está sendo escrita vai muito além de um zero a zero. ✨

Joao 10matheus
  • Joao 10matheus
  • outubro 19, 2025 AT 14:43

Olha só, essa história toda de “experiência única” pode ser só mais um capítulo da grande conspiração dos organizadores que lucram às custas da nossa paixão. Eles não criam nada, só manipulam a mídia pra vender ingressos e deixar a gente na ilusão de que o futebol está evoluindo. Não se engane com emojis, aquilo é só fachada pra distrair da falta de visão tática real.

Michele Souza
  • Michele Souza
  • outubro 20, 2025 AT 12:31

Gente, que legal ver a gente representando Minas aí nos States! Mesmo sem gol, a energia da torcida foi incrível e mostra que o clássico tem vida onde a gente quiser. Vamos levar esse entusiasmo pro próximo jogo e transformar o empate em vitória!

Jémima PRUDENT-ARNAUD
  • Jémima PRUDENT-ARNAUD
  • outubro 21, 2025 AT 10:19

Não se deixe enganar por esse discurso sentimental, o que importa é a análise fria dos números: duas equipes que não criaram uma única chance clara, mostrando que ainda falta qualidade de ataque. O que vocês chamam de “energia” não eleva o nível técnico, apenas mascara a mediocracia constante.

Paulo Ricardo
  • Paulo Ricardo
  • outubro 22, 2025 AT 08:08

O clássico ficou sem graça.

Ramon da Silva
  • Ramon da Silva
  • outubro 23, 2025 AT 05:56

Amigos, para quem acompanha a preparação, vale a pena notar que o teste das novas contratações no Atlético, como Menino e Natanael, já está dando indicadores positivos de adaptação ao ritmo internacional. Por outro lado, o Cruzeiro manteve a estrutura que já vinha usando, o que pode ser visto como estratégia de estabilidade antes de buscar melhorias. Recomendo que os torcedores mantenham a paciência, pois esses amistosos servem exatamente para afinar detalhes táticos que só se revelam nos jogos oficiais. Além disso, a presença expressiva de torcedores na Flórida reforça a importância de cultivar a base de fãs fora do país, o que pode trazer retorno financeiro e motivacional. Continuem acompanhando as próximas fases, que a evolução será evidente nos torneios nacionais.

Isa Santos
  • Isa Santos
  • outubro 24, 2025 AT 03:44

de fato o ramon trouxe pontos relevantes mas acho que ele esqueceu de citar que o ataque ainda carece de criatividade o meio campo não tem ligação com os pontas isso pode ser um problema futuro

Everton B. Santiago
  • Everton B. Santiago
  • outubro 25, 2025 AT 01:33

Observando o panorama geral, percebo que ambos os clubes demonstraram consistência defensiva, mas ainda há margem para aprimoramento ofensivo. O número de chutes ao gol foi limitado, sugerindo a necessidade de treinos focados em finalização. Além disso, a experiência internacional pode beneficiar a resistência física dos jogadores nas próximas competições.

Camila Gomes
  • Camila Gomes
  • outubro 25, 2025 AT 23:21

Concordo com o Everton, e acrescento que a comunicação entre os setores técnicos deve ser ainda mais clara para evitar lapsos táticos que costumam aparecer em amistosos. Um feedback constante pode garantir que os ajustes sejam implementados rapidamente.

Consuela Pardini
  • Consuela Pardini
  • outubro 26, 2025 AT 21:09

Ah, que surpresa, mais um clássico que terminou sem gols, como se fosse algo original. Deve ser porque ninguém pensou em colocar duas metas maiores no campo! Mas tudo bem, pelo menos a gente tem mais um motivo pra reclamar nas redes.

Jéssica Nunes
  • Jéssica Nunes
  • outubro 27, 2025 AT 18:58

Não podemos negar que há interesses ocultos por trás da escolha de Orlando como palco. As corporações esportivas têm buscado expandir sua influência, usando jogos como este para criar dependência econômica nas comunidades expatriadas. Essa estratégia, embora disfarçada de promoção cultural, serve essencialmente para conduzir receitas ao exterior, desviando recursos que deveriam ser investidos no desenvolvimento local do futebol.

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