A partida entre Avaí e América-MG, realizada na fria noite de 11 de outubro de 2024, no histórico Estádio da Ressacada, em Florianópolis, prometia emoções acirradas. Em jogo estava não apenas a honra, mas a possibilidade de recuperação para o Avaí e a consolidação de uma trajetória promissora para o América-MG nesta temporada da Série B do Campeonato Brasileiro.
O time da casa, Avaí, chegava a este confronto pressionado. Sem vencer há três jogos, o clube catarinense vinha de uma série de empates e derrotas que deixavam sua posição na tabela comprometida. Sob a orientação do técnico Enderson Moreira, a equipe entrava em campo com César Augusto no gol, protegendo uma linha defensiva composta por Marcos Vinícius, Tiago Pagnussat, Gustavo Vilar e Mário Sérgio. No meio-campo, Willian Maranhão, Zé Ricardo, Pedro Castro e Giovanni eram os responsáveis por criar jogadas e interceptar os avanços adversários. No ataque, a esperança recaía sobre Garcez – ou Gaspar, conforme a disposição do técnico – e o veterano Vagner Love. A ausência de peças fundamentais, como Jean Lucas e Gabriel Barros, somada às suspensões de outros jogadores, adicionava um desafio extra à missão do grupo.
Por outro lado, o América-MG, comandado por Lisca, desembarcou na capital catarinense com a moral elevada após uma vitória crucial sobre o Coritiba. A equipa almejava não apenas seguir acumulando pontos, mas também fincar bandeira entre os quatro primeiros – o sonhado G-4 da Série B. Elias assumia a meta americana, protegido por uma zaga essencial composta por Daniel Borges, Ricardo Silva, Lucão e Marlon. No meio-campo, a vitalidade e experiência de Alê, Elizari e Juninho buscavam ditar o ritmo do jogo. Na frente, a responsabilidade de carregar a ofensiva recaiu sobre Rodriguinho, Fabinho e, possivelmente, Brenner ou Davó.
Além das expectativas táticas, a equipe mineira lidava com uma lista considerável de desfalques, entre os quais estavam Benítez, Daniel Júnior, Felipe Azevedo, Gustavinho e Pedro Barcelos, todos lesionados. A ausência de Mateus Henrique por suspensão e o compromisso de Adyson com a seleção brasileira sub-20 também eram pontos de possível vulnerabilidade no elenco de Lisca.
O embate começou com um Avaí agressivo, tentando se impor desde os primeiros minutos, buscando quebrar o jejum de gols que lhes afligia nas últimas rodadas. A empolgação da torcida presente no estádio não demorou a ser correspondida. Em uma jogada rápida, Pedro Castro encontrou Garcez, que não desperdiçou a oportunidade e abriu o placar com um chute certeiro. A euforia tomou conta das arquibancadas, mas logo veio o empate. Brenner, aproveitando um vacilo da zaga avaiana, igualou o marcador com a precisão de um artilheiro.
O jogo seguiu intenso, repleto de emoções e alternâncias de ânimo. O América-MG, ciente da necessidade de um resultado positivo, não se deixou abalar. Utilizando sua experiência, a equipe visitante equilibrou as ações no meio-campo e viu suas investidas ganharem corpo. Foi então que Juninho, em um lampejo de genialidade, colocou o América em vantagem com um chute de fora da área que encontrou o canto da rede de César Augusto. Os visitantes celebravam a virada, mas precisavam lidar com a resposta rápida do Avaí.
Com o tempo se esgotando, a Ressacada se tornou palco de um verdadeiro teste de resistência emocional. O Avaí, impulsionado pelo grito de sua incansável torcida, não desistiu. Em um lance coletivo, já nos acréscimos, Vagner Love cabeceou com categoria após cruzamento de Mário Sérgio, selando o empate com sabor de vitória para o Avaí.
A igualdade no placar, embora frustrante para ambos os lados em termos de tabela, deixou nos torcedores a sensação de terem assistido a um espetáculo digno das tradições do futebol brasileiro. O resultado final de 2 a 2 refletiu a luta e dedicação de ambas as equipes, que deixaram tudo em campo na busca por seus respectivos objetivos.
Enquanto Avaí analisa suas próximas estratégias em busca de romper a sequência de empates e derrotas, América-MG reforça seu compromisso em alcançar o G-4. Com poucas rodadas restantes, cada partida adquire um peso adicional e, certamente, nenhuma das equipes irá poupar esforços para conquistar seu espaço na elite do futebol brasileiro.
Pode-se esperar que o campeonato siga com confrontos tão emocionantes como este em Florianópolis, e que o talento dos jogadores e a genialidade dos técnicos continuem oferecendo grandes shows para os fãs do futebol.
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