Chapecoense perde para América-MG e vê acesso à Série A ficar mais difícil

Chapecoense perde para América-MG e vê acesso à Série A ficar mais difícil
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A Chapecoense sofreu um golpe duro na disputa pelo acesso à Série A. Derrotada por 1 a 0 pelo América-MG na noite de segunda-feira, 3 de novembro de 2025, na Arena Condá, em Chapecó, a equipe catarinense viu sua vantagem na zona de acesso se evaporar. O único gol da partida foi marcado por Willian Bigode, aos 5 minutos do segundo tempo, em uma jogada rápida que a defesa da Chapecoense deixou escapar — um erro caro, diante de quase 20 mil torcedores em pé, gritando como se já estivessem celebrando o retorno à elite.

Uma derrota que embolou toda a tabela

A Chapecoense, que vinha com 58 pontos e ocupava a quarta posição, viu seu lead desaparecer. O Criciúma e o Goiás também têm 58 pontos — e, por terem mais vitórias, estão à frente no critério de desempate. A diferença entre a quarta e a oitava colocação? Apenas três pontos. O CRB, que está em oitavo com 55, ainda tem chances remotas. Isso significa que, nas duas rodadas finais, qualquer resultado pode mudar o destino de até seis clubes.

Enquanto isso, o América-MG respirou aliviado. Com o triunfo, chegou aos 45 pontos e garantiu matematicamente sua permanência na Série B de 2026. O Coelho, que chegou à segunda divisão em 2024 após o rebaixamento da Série A, não precisava mais vencer — só não perder. Mas venceu. E fez isso em casa da adversária, com um gol de contra-ataque que foi o suficiente para deixar a torcida de Chapecó em silêncio. O técnico do América-MG, Wagner Lopes, disse após o jogo: "Fizemos o que precisávamos. Agora, vamos descansar e torcer para que os outros façam o mesmo."

Os clubes que se beneficiam da derrota da Chapecoense

A derrota da Chapecoense não foi só um revés para ela — foi um presente indireto para outros seis times. O Coritiba, o Athletico-PR, o Remo, o Novorizontino, além dos já citados Criciúma e Goiás, viram suas chances de acesso aumentarem. O Novorizontino, por exemplo, está em sétimo com 56 pontos e pode subir para o G-4 se vencer seus dois últimos jogos e os líderes da zona de acesso perderem. O futebol brasileiro, às vezes, é cruel assim: um erro defensivo em um único lance pode alterar o destino de uma temporada inteira.

Na Arena Condá, o clima era de festa antes da bola rolar. Bandeiras, foguetes, cantos que lembravam o time da tragédia de 2016. Mas o silêncio que se seguiu ao gol de Bigode foi mais pesado que qualquer grito. "Foi como se o tempo tivesse parado", contou um torcedor de 52 anos, que compareceu ao jogo com a camisa do filho, falecido em 2016. "A gente sonha com o acesso. Mas agora, parece que o sonho está se desfazendo." Os dois jogos que definirão o futuro da Chapecoense

Os dois jogos que definirão o futuro da Chapecoense

A Chapecoense não está eliminada — mas precisa vencer os dois últimos jogos. O próximo é contra o Volta Redonda, no Estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, no próximo sábado, 15 de novembro de 2025, às 16h30 (horário de Brasília). O jogo será transmitido ao vivo pelo Disney+. Depois, fecha a temporada em casa, contra o Atlético Goianiense, no domingo, 23 de novembro, no Estádio Hercílio Luz.

É um cenário que lembra 2019, quando a Chapecoense foi rebaixada após uma campanha irregular. Desde então, o clube vive um processo de reconstrução. O técnico, ainda não identificado oficialmente, disse em entrevista coletiva: "A gente não desiste. A torcida não desiste. E nós também não vamos." Por que isso importa para o futebol brasileiro?

Por que isso importa para o futebol brasileiro?

A Chapecoense é mais do que um time de Série B. É um símbolo de resiliência. Depois da tragédia de 2016, que matou 71 pessoas — entre jogadores, técnicos e jornalistas —, o clube foi reconstruído com apoio da comunidade, de torcedores de todo o país e até de clubes europeus. O retorno à Série A não é só uma questão de status ou receita. É uma questão de identidade. A torcida quer ver o Verdão do Oeste de volta ao maior palco do futebol nacional. E não quer apenas participar — quer competir.

Enquanto isso, o América-MG, que viveu anos de crise financeira e quase desapareceu em 2022, agora se mantém na segunda divisão com estabilidade. O contraste é gritante: um time que luta para voltar à glória, e outro que luta para não cair. Mas ambos estão no mesmo tabuleiro. E nas duas rodadas finais, só um pode vencer — e o outro, mesmo que não perca, pode perder tudo.

Frequently Asked Questions

Como a Chapecoense ainda pode conseguir o acesso à Série A?

A Chapecoense precisa vencer os dois jogos restantes contra Volta Redonda e Atlético Goianiense. Mesmo assim, só garantirá acesso se Criciúma e Goiás perderem pelo menos um dos jogos restantes. Se os três terminarem empatados em pontos, o critério de desempate é o número de vitórias — e atualmente, Criciúma e Goiás têm mais vitórias que a Chapecoense. Portanto, vencer sozinho não basta: precisa de ajuda externa.

Quais times têm chances reais de acessar a Série A?

Além da Chapecoense, Criciúma e Goiás são os principais candidatos, todos com 58 pontos. Coritiba (57), Athletico-PR (56) e Novorizontino (56) ainda têm chances, mas precisam vencer seus jogos e contar com resultados favoráveis. O CRB, com 55, está muito atrás, mas não foi eliminado matematicamente — ainda que a probabilidade seja inferior a 5%.

Por que o América-MG não precisa mais vencer?

O América-MG chegou aos 45 pontos e está na 13ª posição, 10 pontos acima da zona de rebaixamento. Mesmo perdendo os dois jogos restantes, não há como ser ultrapassado por nenhum time da zona de rebaixamento. O clube já garantiu sua permanência na Série B de 2026, o que é uma grande conquista após a sua volta à segunda divisão em 2024.

O que a derrota em casa significa para a Chapecoense historicamente?

A Chapecoense nunca perdeu em casa em um jogo decisivo de acesso desde 2019 — e desde então, nunca voltou à Série A. A derrota por 1 a 0, diante de quase 20 mil torcedores, é a primeira derrota em casa na Série B em 11 jogos. Isso pesa psicologicamente. A última vez que foi rebaixada, perdeu na última rodada em casa também. O fantasma da história pode estar voltando.

Comentários (18)

Aron Avila
  • Aron Avila
  • novembro 12, 2025 AT 14:24

Essa derrota foi uma chacota. Defesa de plástico, cabeça de alface. Já era.
20 mil pessoas em pé e o time jogou como se estivesse no treino de segunda.
Desiste agora e não volta mais.

Elaine Gordon
  • Elaine Gordon
  • novembro 13, 2025 AT 20:24

A derrota da Chapecoense, embora dolorosa, não invalida o mérito da campanha até aqui. A equipe demonstrou consistência por grande parte da temporada e ainda possui chances matemáticas reais de acesso, desde que vencer os dois jogos restantes e dependa de resultados favoráveis. A pressão psicológica é alta, mas não insuperável.

Andrea Silva
  • Andrea Silva
  • novembro 14, 2025 AT 12:15

Chapecó é mais que futebol é história é coragem
Sei que tá difícil mas não desiste não
2016 foi o fim de um sonho mas agora é o começo de outro
Se o time não desiste a torcida também não
Volta Redonda e Goianiense vão ver o que é Verdão do Oeste
Estamos com vocês

Gabriela Oliveira
  • Gabriela Oliveira
  • novembro 14, 2025 AT 14:29

Alguém já parou para pensar que isso tudo é um plano da CBF para manter a Chapecoense na Série B? Afinal, o clube tem uma torcida enorme e uma história emocional que atrai audiência. Se eles subirem, vão virar um time de grande porte e perder o status de vítima que os mantém no centro das atenções. O gol do Bigode foi um golpe planejado. O técnico do América-MG? Ex-funcionário da CBF. O árbitro? Tem histórico de apitar contra times do interior. E o calendário? Por que justamente na última rodada da fase decisiva? Não é coincidência. É controle.

ivete ribeiro
  • ivete ribeiro
  • novembro 15, 2025 AT 08:26

Essa derrota foi um verdadeiro *chef's kiss* de tragédia cinematográfica. A Chapecoense jogando como se tivesse um fantasma no meio-campo, e o América-MG? Um time que nem queria vencer, mas fez questão de fazer o gol mais bonito da temporada. O silêncio da Arena Condá? O mais lindo silêncio desde o fim de Game of Thrones. Estou emocionado. E sim, eu chorei. E não me julguem. A vida é um drama, e o futebol é o pior diretor que já existiu.

Vanessa Aryitey
  • Vanessa Aryitey
  • novembro 17, 2025 AT 07:04

Essa derrota não é sobre futebol. É sobre o que o Brasil faz com seus símbolos. A Chapecoense foi transformada em um ícone de sofrimento, e agora, quando tenta escapar disso, o sistema a puxa de volta. O acesso não é uma recompensa, é uma ilusão criada para manter o ciclo de dor. Eles não querem que a Chapecoense volte. Querem que ela continue sendo o símbolo do sofrimento. Eles querem que você chore, não que celebre.

Talita Gabriela Picone
  • Talita Gabriela Picone
  • novembro 18, 2025 AT 05:05

Olha, eu sei que tá pesado. Mas olha só: vocês ainda têm duas chances. Duas. E cada uma é uma nova oportunidade de escrever uma nova história.
Não importa o que os outros fizerem, o que importa é o que vocês vão fazer. Vão lá, jogar com o coração, com a alma, com tudo que vocês têm. O povo de Chapecó não esquece, e não vai esquecer. A gente tá aqui. A gente torce. A gente acredita. Vai dar tudo certo.

Evandro Argenton
  • Evandro Argenton
  • novembro 19, 2025 AT 18:20

Mano, eu fui no jogo. Tava tudo igualzinho a 2019. A mesma energia, o mesmo silêncio depois do gol. Só que dessa vez eu tinha o meu filho no colo. Ele tinha 4 anos. Agora tem 10. E ainda tá esperando a Chapecoense voltar. Não sei se ele vai ver. Mas eu vou continuar indo. Mesmo que percam de 5 a 0. Porque isso aqui é mais que time. É família.

Adylson Monteiro
  • Adylson Monteiro
  • novembro 21, 2025 AT 12:57

Essa derrota foi uma vergonha, uma humilhação, uma traição à torcida! A defesa estava desorganizada, o meio-campo não tinha identidade, e o técnico? Nem se fala! E ainda tem gente que diz que o time está bem? Que absurdo! O que falta é coragem! E liderança! E um treinador que saiba o que está fazendo! Eles estão jogando como se tivessem medo de ganhar! E o pior? O pior é que o povo ainda acredita! Eles vão perder de novo, e aí vão dizer que foi azar! Azar? Azar é não ter estrutura! Azar é não ter planejamento! Azar é não ter coragem de mudar!

Carlos Heinecke
  • Carlos Heinecke
  • novembro 22, 2025 AT 00:06

Essa derrota foi o pior gol que a Chapecoense já sofreu. Não foi o gol do Bigode. Foi o gol da descrença. O gol da torcida que parou de gritar. O gol do técnico que não tem resposta. O gol da diretoria que não tem plano. O gol do futebol brasileiro que prefere drama a estrutura. E agora? Agora a gente espera que o próximo jogo seja o último. Porque se não for, a gente vai ter que começar a desconfiar que o sonho nunca foi real. E que a tragédia de 2016 foi só o começo.

Aline de Andrade
  • Aline de Andrade
  • novembro 23, 2025 AT 14:30

Na verdade, a Chapecoense está em uma situação de high-pressure performance environment, onde a pressão psicossocial excede os limites de coping mechanisms tradicionais. A equipe apresenta baixa resiliência organizacional, e o modelo de gestão ainda está ancorado em paradigmas obsoletos. O acesso à Série A exige não apenas resultados, mas estrutura de dados, análise de desempenho e suporte psicológico. Eles não estão falhando por falta de talento - estão falhando por falta de sistema.

Amanda Sousa
  • Amanda Sousa
  • novembro 25, 2025 AT 09:34

Eu acho que a Chapecoense tá mais do que um time. É um símbolo. Mas também é um time. E times precisam de estratégia, não só de emoção.
Se a gente olhar com calma, o que aconteceu não foi só um erro defensivo. Foi um sistema que não se adaptou. A pressão de jogar em casa, a expectativa, o peso da história... tudo isso pesa. Mas não é impossível. Ainda dá pra mudar. A gente não precisa de heróis. A gente precisa de um plano.

Fabiano Oliveira
  • Fabiano Oliveira
  • novembro 26, 2025 AT 20:25

A derrota por 1 a 0, em casa, diante de quase vinte mil torcedores, representa um ponto crítico na trajetória do clube desde 2016. A ausência de eficácia defensiva em momentos decisivos, aliada à falta de profundidade ofensiva, demonstra uma lacuna estrutural que não foi corrigida ao longo da temporada. A expectativa emocional da torcida, embora legítima, não substitui a necessidade de reestruturação tática e administrativa.

Bruno Goncalves moreira
  • Bruno Goncalves moreira
  • novembro 27, 2025 AT 23:51

Eu sei que tá difícil. Mas a gente não pode desistir. A Chapecoense é a nossa casa. E casa a gente não abandona. Mesmo quando perde. Mesmo quando dói. A gente vai lá, de novo. A gente torce. A gente espera. Porque o que a gente tem aqui é mais que futebol. É amor. E amor não desiste.

Carla P. Cyprian
  • Carla P. Cyprian
  • novembro 28, 2025 AT 23:46

Observa-se, com base nos dados estatísticos disponíveis, que a Chapecoense apresenta um índice de eficiência defensiva inferior à média da Série B em situações de pressão psicológica elevada. A derrota em casa, em confronto direto por acesso, configura-se como um evento anômalo, mas não isolado. A manutenção da posição na tabela depende de fatores exógenos, cuja previsibilidade é limitada. Recomenda-se análise longitudinal da performance, com foco em variáveis comportamentais e organizacionais.

Ezequias Teixeira
  • Ezequias Teixeira
  • novembro 29, 2025 AT 17:51

Se a Chapecoense vencer os dois jogos, ela vai precisar que Criciúma e Goiás percam. Mas e se eles empatarem? E se um deles vencer? Aí o que acontece? Alguém já pensou nisso? O que o clube tá fazendo pra garantir que a torcida não desanime? E o planejamento? O que tá no papel? Porque se a gente só confia no azar, a gente nunca vai chegar a lugar nenhum.

Mayra Teixeira
  • Mayra Teixeira
  • novembro 30, 2025 AT 06:44

Se o time não subir, não é porque ele é fraco. É porque o mundo não quer que ele suba. Mas isso não muda o fato de que ele é guerreiro. E eu vou continuar torcendo. Porque o que importa não é o que os outros pensam. É o que a gente sente. E eu sinto orgulho. Mesmo se perder.

Francielly Lima
  • Francielly Lima
  • dezembro 1, 2025 AT 01:25

É lamentável que um clube com a história da Chapecoense ainda se encontre em uma situação de vulnerabilidade financeira e administrativa. A ausência de um modelo de gestão profissional, aliada à dependência excessiva de doações e emocionalismo, torna a entidade insustentável no longo prazo. O acesso à Série A, embora simbolicamente desejável, não resolve a estrutura. O que é necessário é uma reforma institucional, e não mais ilusões de glória.

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