Palmeiras e River Plate se reencontram nas quartas da Libertadores 2025

Palmeiras e River Plate se reencontram nas quartas da Libertadores 2025
14/10

Quando Palmeiras e River Plate voltaram a se enfrentar em setembro de 2025, a memória da semifinal de 2020 ainda ecoava nos estádios. O duelo, que começou na quarta‑feira, , às 21h30 (horário de Brasília), no Estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires, trouxe um clima de déjà‑vu, mas com duas equipes muito diferentes das que se encararam cinco anos atrás.

Contexto histórico: Palmeiras x River Plate

O confronto de 2020 foi lembrado como uma das semifinais mais dramáticas da história da Palmeiras. Com uma média de idade de 23,9 anos, o time alviverde venceu por 3 a 0 fora de casa e acabou conquistando o título. Antes disso, as equipes já tinham se encontrado em 1999, quando o Palmeiras também avançou. Desde então, o River nunca conseguiu eliminar o clube brasileiro em confrontos direto.

Transformações no Palmeiras entre 2020 e 2025

Se há algo que permaneceu inalterado, é o comando de Abel Ferreira. O técnico chegou ao clube ainda antes da semifinal de 2020 e, em 2025, se tornou o treinador com maior tempo de casa no futebol brasileiro. O resto, porém, mudou bastante.

Jogadores como Luiz Adriano, Willian Bigode, Gabriel Menino, Felipe Melo e Patrick de Paula já deixam o elenco. Em troca, o Palmeiras investiu pesado em 2025 – o ano de maior gasto em contratações da sua história.

A média de idade subiu para 27,3 anos, refletindo um grupo mais maduro. Entre os nomes que despontaram, destacam‑se Vitor Roque, Flaco López e o experiente Andreas Pereira. Também chegaram reforços argentinos – o lateral Agustín Giay, o volante Aníbal Moreno e o atacante Flaco López – que já conhecem bem o rival.

O confronto da ida: 17 de setembro de 2025

O confronto da ida: 17 de setembro de 2025

No primeiro jogo da série, o Estádio Monumental de Núñez viu o Palmeiras vencer por 2 a 1. Os gols foram marcados por Gustavo Gómez – quem surpreendeu ao abrir o placar – e por Vitor Roque. O atacante do River, Martínez Quarta, respondeu nos minutos finais, mas não impediu a vantagem verde‑amarela.

Com esse resultado, o Verdão chegou ao Copa Libertadores 2025 com a vantagem de levar o placar para casa, precisando apenas de um empate no próximo sábado.

Desdobramentos e dúvidas para o jogo de volta

A partida de volta estava marcada para , às 21h30, no Allianz Parque, em São Paulo. A principal incógnita era a lateral direita. Khellven, titular na ida, sofreu um trauma no pé e ainda não tinha sido liberado para o clássico. O técnico Abel Ferreira cogitou a opção de colocar Agustín Giay como iniciador.

O único desfalque certo foi o atacante Paulinho, lesionado durante a semana. Fora isso, a escalação era bastante parecida com a da ida, o que favorecia a familiaridade do time com o estilo de jogo.

Do lado argentino, Marcelo Gallardo havia testado duas formações distintas – um 4‑3‑3 mais físico e outro com um meio‑campo técnico e experiente. A decisão final para o jogo em São Paulo ainda era mantida em segredo, alimentando especulações entre os torcedores.

Implicações para as semifinais e cenário futuro

Implicações para as semifinais e cenário futuro

Um eventual avanço deixaria o Palmeiras cara‑a‑cara com o vencedor do confronto entre São Paulo e LDU Quito, previsto para . O time equatoriano já tinha ganhado o duelo de ida por 2 a 0, o que aumentava a tensão.

Vale lembrar que o Verdão mantinha, até então, uma invencibilidade internacional de mais de dois anos – nenhum clube estrangeiro havia conseguido derrotá‑lo nas competições de mata‑mata desde o fim de 2023. Essa marca, porém, seria colocada à prova contra um River Plate que, apesar de não ter vencido nenhum encontro direto, chegou ao torneio com um elenco ainda mais equilibrado entre juventude e experiência.

Para o Palmeiras, o sucesso nas quartas garantiria a continuação de uma sequência histórica: semifinal em 2020, 2021, 2022, 2023 e agora 2025. A única exceção foi a eliminação precoce para o Botafogo nas oitavas de 2024 – campanha que culminou com o título do clube carioca.

Independentemente do resultado, o confronto mostrou como o futebol continental evoluiu nos últimos cinco anos. A troca de estilos, os investimentos em contratações e a manutenção de um técnico como Abel Ferreira são ingredientes que mudam o rumo dos clubes, mas também criam narrativas que encantam os torcedores.

Perguntas Frequentes

Como a mudança de idade média do Palmeiras afetou seu estilo de jogo?

A média subiu de 23,9 para 27,3 anos, o que trouxe mais experiência nas transições defensivas e maior controle de posse. Jogadores mais velhos como Andreas Pereira ajudam a organizar o meio‑campo, enquanto a velocidade ainda vem de jovens como Vitor Roque.

Qual a importância de Abel Ferreira para o Palmeiras?

Abel Ferreira é o único vínculo entre a campanha vitoriosa de 2020 e a atual. Seu estilo de pressão alta e a capacidade de adaptar táticas mantiveram o clube competitivo em fases decisivas, além de garantir estabilidade no vestiário.

O que o River Plate mudou taticamente sob Marcelo Gallardo?

Gallardo alternou entre um 4‑3‑3 mais físico, focado em marcação alta, e um esquema com meio‑campo técnico, priorizando circulação de bola. Essa dualidade busca explorar a vulnerabilidade da defesa palmeirense sem abrir muito espaço para contra‑ataques.

Quem será o próximo adversário do Palmeiras caso avance?

Se o Verdão vencer o River, enfrentará o vencedor entre São Paulo e LDU Quito. O confronto está marcado para , e o LDU já venceu a ida por 2 a 0, então o Palmeiras pode ter um caminho difícil pela frente.

Quais são os principais reforços que o Palmeiras contratou em 2025?

Entre os destaques estão o meio‑campista Facundo Torres, o atacante argentino Flaco López e o volante experiente Andreas Pereira. Todos chegaram com contrato de longo prazo e já mostraram boa adaptação nas sete partidas anteriores ao duelo.

Comentários (14)

Michele Souza
  • Michele Souza
  • outubro 14, 2025 AT 00:12

Que orgulho ver o Verdão de novo nas quartas! A cada partida a gente sente a energia da torcida, mesmo que às vezes a gente esqueça de escrever certo, hehe.
Segue firme, Palmeiras, que a história tá do seu lado.
Força aos jogadores, vamos que vamos!

Elida Chagas
  • Elida Chagas
  • outubro 16, 2025 AT 07:46

É realmente admirável como o Palmeiras insiste em perpetuar a ilusão de superioridade, embora evidências históricas apontem para a inevitável supremacia do futebol argentino.
Talvez, em algum futuro distante, eles descubram que não basta contratar, é preciso entender a essência do jogo.
Mas claro, tudo isso é mera especulação de quem ainda acredita em narrativas heroicas.

Thais Santos
  • Thais Santos
  • outubro 18, 2025 AT 09:46

Olha, eu acho que essa partida mostra como a troca de estilos pode ser benéfica pra todo mundo, né?
Se cada clube aprender a respeitar a tradição do outro, quem sabe a Libertadores não vire um festival de boas ideias.
É só uma esperança, mas vale a pena sonhar.

Paulo Ricardo
  • Paulo Ricardo
  • outubro 20, 2025 AT 03:26

Esse jogo foi puro drama.

Ramon da Silva
  • Ramon da Silva
  • outubro 21, 2025 AT 15:32

Caro Elida, agradeço pela visão crítica, porém é fundamental analisar os números de posse e a eficácia dos movimentos ofensivos do Palmeiras nas duas partidas.
O treinamento de pressão alta implementado por Abel tem gerado mais recuperações no meio-campo, o que pode ser decisivo nas próximas rodadas.
Continuemos a observar os ajustes táticos com atenção.

Joao 10matheus
  • Joao 10matheus
  • outubro 23, 2025 AT 00:52

Thais, sua ingenuidade sobre “troca de estilos” é perigosa; há forças ocultas que manipulam as decisões dos clubes para favorecer interesses globais.
O River está sendo financiado por conglomerados que buscam dominar o mercado de transmissão sul‑americana, e o Palmeiras aposta em investimentos duvidosos para manter a fachada de competitividade.
É claro que poucos enxergam esse jogo de poder.

Jéssica Nunes
  • Jéssica Nunes
  • outubro 24, 2025 AT 07:26

Prezada Elida, cumpre‑nos observar que o suposto “desperdício de contratações” pode estar ligado a cláusulas sinuosas impostas por agentes internacionais que operam nas sombras.
É imprescindível que a diretoria revele todas as transações para garantir transparência perante os torcedores e reguladores.

Leandro Augusto
  • Leandro Augusto
  • outubro 25, 2025 AT 11:12

João, sua teoria conspiratória sobre financiamentos ocultos soa como um drama exagerado, mas a realidade dos bastidores do futebol raramente é tão simples.
Existe, porém, uma pressão psicológica intensa sobre os atletas que pode influenciar desempenhos, principalmente em confrontos de alta tensão como este.

Gabriela Lima
  • Gabriela Lima
  • outubro 26, 2025 AT 12:12

É inaceitável que, em pleno século XXI, ainda tenhamos que defender a honra de um clube que representa valores tão arcanos e ultrapassados.
Primeiramente, a tradição do Palmeiras está alicerçada em um patriarcado esportivo que marginaliza vozes críticas e impede o progresso genuíno.
Em segundo lugar, a constante busca por títulos internacionais revela uma obsessão coletiva que domina a identidade dos torcedores.
Além disso, a gestão atual, ao investir em jogadores estrangeiros, demonstra uma falta de confiança nos talentos nacionais, minando a própria raiz do futebol brasileiro.
Tal comportamento, por sua vez, alimenta um ciclo de dependência que só perpetua a dominação cultural dos grandes clubes europeus.
Não podemos ignorar que o comportamento da torcida, ao cantar hinos de guerra, reforça uma mentalidade agressiva que distancia a comunidade do esporte como ferramenta de integração social.
Observa‑se ainda que a mídia, ao glorificar cada vitória, cria uma narrativa de mito que impede a reflexão crítica sobre os reais problemas institucionais.
É imprescindível que os analistas pontuem as falhas táticas, mas também que questionem os valores éticos por trás das decisões de diretoria.
Quando se fala de “pressão alta”, muitas vezes se ignora o desgaste físico e mental imposto aos atletas, resultando em carreiras abreviadas.
A formação de jovens talentos também é prejudicada, pois os investimentos são direcionados a nomes já consagrados, negligenciando a base.
Conforme a história demonstra, a glória efêmera não compensa a perda de identidade cultural.
Portanto, é necessário repensar a relação entre performance e moralidade dentro do clube.
A ruptura desse paradigma pode gerar um ambiente mais saudável e condizente com os princípios democráticos que deveriam reger o esporte.
Em suma, a continuidade de práticas antiquadas só alimenta a decadência moral que assola o futebol nacional.
Assim, concluo que é imperativo que os fãs e dirigentes reflitam seriamente sobre o futuro que desejam construir.

Isa Santos
  • Isa Santos
  • outubro 27, 2025 AT 10:26

Gabriela, ao ler sua análise profunda, não pude deixar de perceber que o futebol, como toda arte, reflete a dualidade entre ordem e caos; talvez, ao aceitarmos essa tensão, encontremos um caminho intermediário que não sacrifique a tradição nem a renovação.

Everton B. Santiago
  • Everton B. Santiago
  • outubro 28, 2025 AT 05:52

Concordo que há questões éticas a ser discutidas, mas vale lembrar que o investimento em jogadores experientes também traz experiência tática que pode beneficiar a formação de jovens talentos nas academias.

Paulo Víctor
  • Paulo Víctor
  • outubro 28, 2025 AT 22:32

E aí, galera! Tô sentindo a adrenalina desse duelo, vamos apoiar e curtir cada lance, que o Palmeiras mostre porque tá aí!

Ana Beatriz Fonseca
  • Ana Beatriz Fonseca
  • outubro 29, 2025 AT 12:26

Paulo, sua empolgação é contagiante, porém é importante analisar estatísticas de posse e finalizações para entender se o entusiasmo se traduz em vantagem real.

Willian José Dias
  • Willian José Dias
  • outubro 29, 2025 AT 23:32

Isa, certamente, ao considerar a dualidade, devemos, sem dúvida alguma, ponderar os aspectos históricos, culturais, táticos, psicológicos, e até mesmo econômicos, que influenciam o comportamento coletivo dos torcedores, jogadores e dirigentes, tudo isso, claro, dentro de um contexto de transformação contínua, que jamais pode ser subestimado.

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