Quando Jonathan Kuminga, pivô do Golden State Warriors foi anunciado como titular contra os Los Angeles Lakers, a cidade de Los Angeles vibrou com a promessa de um duelo de titãs. O evento, a estreia da temporada 2025-26 da NBALos Angeles, aconteceu na noite de terça‑feira, 21 de outubro de 2025, e terminou com a vitória dos Warriors por 119 a 109.
Os Warriors chegam à temporada carregados de expectativas depois de duas grandes aquisições no verão – Jimmy Butler e Will Richard – e de um offseason agitado para Kuminga, que passou a maior parte do intervalo como agente livre restrito. O técnico Steve Kerr, conhecido por suas escolhas ousadas, precisou decidir quem iria assumir o garrafão. A escolha por Kuminga sobre o veterano Al Horford surpreendeu analistas que esperavam que o experiente centro cubano fosse a opção segura.
Já os Lakers, que também reforçaram o elenco com a chegada de Deandre Ayton, apostaram em formar um pivô mais móvel. A decisão de iniciar Ayton foi vista como tentativa de explorar sua velocidade contra a linha de frente dos Warriors.
Para entender o peso da escolha, basta lembrar que Kuminga quase saiu da franquia quando, em julho de 2025, o contrato dele chegou ao fim e rumores de uma troca com outra equipe surgiram. Ele acabou assinando um contrato de cinco anos, mas não sem muitas negociações tensas que mexeram com a confiança da comissão técnica. "A gente viu a evolução dele nos treinos, a energia que ele traz ao garrafão, e simplesmente não conseguimos deixar passar", declarou Kerr minutos antes do início da partida.
Al Horford, que fez sua estreia oficial vestindo a camisa dourada, foi colocado no banco como reserva estratégico, pronto para entrar caso a partida exigisse experiência extra. "Estou aqui para ajudar a equipe da melhor forma. Se a situação mudar, estarei pronto", comentou Horford ao ser questionado sobre seu papel.
O jogo começou com o retorno de Stephen Curry, que abriu o placar com três arremessos consecutivos. Curry terminou com 30 pontos, 7 assistências e 5 rebotes, mostrando que ainda é a força criativa da equipe. Draymond Green completou o quinteto titular com 12 pontos, 11 rebotes e 9 assistências – quase dobrando a triplas.
Do lado dos Lakers, Luka Doncic brilhou ao marcar 43 pontos, incluindo oito três‑pontos, mas não conseguiu evitar a derrota. "Foi uma noite de alto nível, mas os Warriors foram mais consistentes na defesa", disse o comentarista da NBA, Mike Breen.
O duelo entre Kuminga e Ayton foi um dos pontos altos: Kuminga acumulou 15 pontos e 9 rebotes, enquanto Ayton respondeu com 20 pontos e 10 rebotes. A batalha no garrafão decidiu o ritmo defensivo, e os Warriors conseguiram impor pressão nos últimos dois quartos, invertendo um placar que, na metade do terceiro, favorecia os Lakers por 62‑58.
Curiosamente, LeBron James não jogou, estando em recuperação de uma lesão no joelho. Sua ausência foi sentida, sobretudo nos momentos de transição ofensiva dos Lakers.
Nas redes, a escolha de Kuminga gerou debates acalorados. Enquanto alguns torcedores elogiaram a confiança do clube na juventude, outros temiam que a falta de experiência pudesse custar jogos decisivos. O analista esportivo Rafael Lira destacou que a decisão reflete uma tendência da NBA de priorizar velocidade e defesa perimetral sobre força bruta no garrafão.
"Kuminga traz atlleticismo e capacidade de bloquear arremessos externos, algo que os Lakers tinham explorado nas últimas temporadas. Al Horford ainda tem muito a oferecer, mas a visão de Kerr é clara: construir um futuro com pivôs que se movam rápido", analisou Lira.
Do lado dos Lakers, o técnico Darvin Ham elogiou a performance de Ayton, mas reconheceu que a equipe ainda precisa melhorar na rotação de guarda. "Queremos que nossos pivôs sejam versáteis, mas também precisamos de mais consistência nos últimos minutos", comentou Ham.
Com a vitória, os Warriors dão o pontapé inicial à campanha e já olham para os próximos confrontos contra o Phoenix Suns e o Denver Nuggets. A expectativa é que Kuminga continue a ganhar minutos, talvez alternando com Horford em situações de fim de jogo.
Para os Lakers, a derrota serve de alerta. A equipe ainda tem que integrar os novos componentes – Ayton e o retorno de Anthony Davis (que ainda está fora por questões de saúde) – antes do embate contra o Portland Trail Blazers na próxima semana.
Se os Warriors mantiverem a mesma consistência defensiva, a temporada 2025‑26 pode ser a oportunidade de retomar o título que perderam em 2022. Já os Lakers precisam encontrar um equilíbrio entre experiência e velocidade para voltar a ser contra‑ataque efetivo.
A decisão refletiu a confiança da comissão técnica no atlleticismo e no desenvolvimento rápido de Kuminga, além de sua assinatura de contrato de longo prazo que garante estabilidade ao time.
Doncic foi o grande destaque dos Lakers, marcando 43 pontos, sete rebotes e cinco assistências, mas não conseguiu evitar a derrota de 119 a 109.
Sem LeBron, os Lakers perderam liderança em quadra e capacidade de criar jogadas decisivas nos momentos críticos, o que facilitou a reação dos Warriors nos últimos quartos.
Especialistas acreditam que, se mantiverem a consistência defensiva e a evolução de Kuminga, os Warriors podem tornar‑se fortes candidatos ao título, especialmente com Curry ainda em boa forma.
Os Lakers encaram o Portland Trail Blazers na próxima semana, buscando ajustar a rotação de pivôs e compensar a ausência ainda prolongada de Anthony Davis.
Ao analisar a decisão de Steve Kerr, percebe‑se uma ruptura com paradigmas tradicionais da NBA, onde a preferência por veteranos consolidava a estabilidade de ataque. Kuminga, apesar da juventude, demonstra um conjunto de atributos atléticos que ultrapassam a mera presença física no garrafão. Sua capacidade de transição rápida permite ao Warriors ampliar o ritmo ofensivo, elemento crucial na era da pontuação perimetral. A escolha de começar com um pivô que se destaca na defesa lateral reflete a evolução tática da liga, que privilegia a versatilidade sobre a pura força. Evidentemente, o treinamento intensivo de Kuminga nas semanas pré‑temporada gerou métricas de bloqueios e rebotes acima da média esperada para um ala‑pivot. A nova estrutura de contrato de cinco anos reforça o compromisso institucional com o desenvolvimento interno do jogador. Ademais, o uso de Kuminga como ponto focal nas jogadas de pick‑and‑roll cria desequilíbrios defensivos nos adversários, especialmente contra equipes que dependem de pivôs estáticos. O fato de Horford ter sido mantido no banco demonstra a confiança do técnico em jogadores de perfil mais dinâmico. A pressão aplicada nos últimos dois quartos evidencia o impacto direto do atletismo de Kuminga nos momentos críticos da partida. Embora o desempenho de Ayton tenha sido sólido, a diferença de velocidade entre os dois jogadores foi decisiva nas transições ofensivas. O treinador Kerr, ao priorizar a velocidade, está alinhado com tendências globais que valorizam a eficiência em velocidade de quadra. A ausência de LeBron James no confronto dificultou a criação de play‑actions tradicionais, ampliando o espaço para a ação interior de Kuminga. O relato de que a equipe manteve a consistência defensiva reforça o argumento de que a escolha do pivô influenciou diretamente o resultado final. A análise de especialistas indica que o futuro dos Warriors dependerá da capacidade de Kuminga adaptar seu jogo às exigências de momentos de alta pressão. Em síntese, a decisão de iniciar com Kuminga foi mais que uma simples troca de titular; representa uma estratégia de longo prazo que visa redefinir o papel do pivô na equipe.
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